Um Trem com Asas
Um corpo adoecido
Repleto de feridas mentais
Luta para se manter sadio
Luta, vislumbra
Busca um tanto de juventude
Para se manter na linha.
Mas ele é um trem
Com asas fracas demais para voar
Nos campos horizontais e infitinos,
envolto de uma garoa fina
escorre de um céu cinza
Em meio a nenhum raio de sol
A água que molha
A luta para seguir em frente
Ele promete a si mesmo
Manter-se constante e a todo vapor,
Mesmo sabendo que o campo
Nem sempre será plano
Mes sabendo o poder
Que água tem perante o fogo
Pensa como seria bom ser leve
Sem cargas, parafernalhas
e carvão para queimar.
Lembra que a qualquer momento
O cheiro doce da primavera
E as brisas quentes do verão
Irão voltar
Mas...
A essa altura....
Ele assumiu ser
Uma máquina velha e lenta...
Uma máquina enferrujada e pesada
Algo incapaz de mais
De partir e voar.
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